Agora, só para dar uma aquecida nos ânimos, aproveito para postar aqui uma resenha que fiz recentemente do The Lost Hero, primeiro livro da saga Heroes of Olympus. Não se preocupem, não há spoiler algum nesta resenha, fiz cuidadosamente pensando em quem ainda não leu. Aproveitem!
A história gira em torno de Jason Grace, um semideus que não se lembra de seu passado, Piper McLean, uma semideusa com facilidade em convencer as pessoas segundo seus desejos e que se encontra em um dilema entre sua família e seus amigos, e Leo Valdez, um semideus agitado e com problemas de adaptação em colégios. Seus problemas começam ao serem atacados por um Ánemoi thuellai (Άνεμοι θύελλαι, em grego, “ventos de tempestade”), momento no qual descobrem que não são adolescentes comuns. Logo ao final do segundo capítulo, descobre-se que o grande herói da saga anterior, Percy Jackson, está desaparecido há dias e sua namorada, Annabeth Chase, e todo o Acampamento Meio-Sangue estão em busca do mesmo.
O livro segue uma linha diferente na ordem de seus capítulos em comparação com seus precedentes. Enquanto a saga Percy Jackson & Os Olimpianos seguia uma narrativa unicamente pelo ponto de vista do protagonista Percy, com capítulos com nomes diferenciados (como Minha transformação em Senhor Supremo do Banheiro, Um deus compra cheeseburgers para nós e A luta contra o meu parente imbecil), o novo livro, The Lost Hero, segue uma ordem de capítulos onde, em cada um destes, um herói diferente narra a história, a partir de seu ponto de vista. Ou seja, alguns capítulos são narrados por Jason Grace, outros por Leo Valdez, e outros por Piper McLean. O nome dos capítulos também não segue mais o estilo temático. Cada capítulo é nomeado pelo número romano correspondente ao mesmo, por exemplo, o Capítulo I é nomeado como “I - Jason”, ou seja, o capítulo I é narrado por Jason, “XXXIV Piper”, ou seja, o capítulo 34 é narrado pela Piper.
Outra curiosidade notável é o fato da nova saga ser repleta de misturas de componentes Gregos e Romanos. É sabido que a mitologia romana é semelhante à mitologia grega, exceto pelos nomes dos deuses e o fato de que os mesmos, na mitologia romana, adotam posturas diferentes, mais guerreiras (e alguns até mais amigáveis aos humanos, como o caso do deus da guerra, Ares, violento na mitologia grega, ser mais benevolente, e até mais adorado, na mitologia romana, conhecido como Marte). O leitor a princípio poderá se perder um pouco quanto aos termos utilizados, como o porquê de estarem chamando Zeus de Júpiter, ou Hera de Juno, mas novamente, como pudemos ler na saga de Percy Jackson, o autor Rick Riordan não dá ”ponto sem nó”, ou seja, todas nossas dúvidas são esclarecidas com o andamento do livro.
A versão em inglês do livro é composta de 476 páginas e, ao terminar de ler, você irá se perguntar: Mas já? – É, foi assim com Percy Jackson, é assim com Heróis do Olimpo. O livro tem uma linguagem simples, diversas informações culturais, ótimas sacadas e tiradas e uma forma incrível de manter a apreensão do leitor. Novamente, Rick Riordan nos surpreende.
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